PT resiste a abraçar economia de mercado, por Maílson da Nóbrega/Folha de São Paulo

 

 

O PT, que desde a sua fundação se orienta pela defesa da democracia representativa e do Estado de bem-estar social, não foi capaz de abandonar ideias econômicas ultrapassadas, como o apego a empresas estatais e a rejeição da independência formal do Banco Central, afirma autor. Em sua avaliação, a ênfase nesse programa e a perspectiva de baixo crescimento nos próximos anos tornam provável uma derrota eleitoral, que poderia ser uma oportunidade para o partido modernizar suas orientações no campo da economia, o que traria grandes benefícios ao país.

O PT (Partido dos Trabalhadores) foi fundado em 1980, quando a grande maioria dos partidos de esquerda da Europa havia abandonado ideias marxistas como a ditadura do proletariado e a propriedade estatal dos meios de produção. A democracia representativa passou a fazer parte de seu ideário, assim como a economia de mercado, associada a um Estado de bem-estar social.

Sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, o PT se firmou como única agremiação de esquerda brasileira capaz de ganhar eleições presidenciais. No campo político, tal qual seus congêneres europeus, adotou a democracia representativa como meio de alcançar o poder, em vez da revolução.

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