Invasões do MST interrompem cronograma de novo programa de reforma agrária, por Victor Correia/Correio Braziliense

 

 

Por causa de uma série de invasões de terra ocorridas nesta semana, o governo federal decidiu adiar o calendário de apresentação do novo programa nacional de reforma agrária — que chegou a ser anunciado para ser divulgado este mês. Três ministros criticaram publicamente as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST): Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais; Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário; e José Múcio Monteiro, da Defesa. Todos consideram que a Jornada de Lutas, realizada durante o mês, causou “estresse” entre o Poder Executivo e o movimento.

“Discordo de qualquer tipo de invasão de áreas produtivas, sobretudo de áreas que estão desenvolvendo pesquisas, como forma de luta. Acredito que o movimento tem outras formas de luta, que podem conquistar ainda mais a sociedade para uma causa tão importante, que é a reforma agrária”, afirmou, ontem, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, à saída de um evento da Convenção Nacional das Assembleias de Deus Madureira (Conamad), em Brasília.

Questionado se o governo tomaria alguma medida para impor limites à atuação do MST — e, assim, evitar conflitos no campo —, Padilha disse que “o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) está, desde o começo, dialogando com a agricultura familiar e com os movimentos que estão na área rural para construir, juntos, um programa de fortalecimento de assentamentos”.

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