Governo Lula cede a pressão das invasões e coloca aliados do MST em postos-chave, por Cézar Feitoza/Folha de São Paulo
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) endureceu as declarações contra a ação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) após um grupo de 600 famílias invadir uma área de preservação ambiental controlada pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em Petrolina (PE).
Os discursos em repúdio à ação dos sem-terra marcam uma mudança na postura que o governo vinha adotando com o movimento —um dos principais entraves na relação do governo Lula com o setor do agronegócio.
Na prática, porém, cedeu à pressão.
Diante das mobilizações dos sem-terra, o governo trocou a chefia do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em sete estados nos últimos dias. Nesta terça, três chefes regionais do instituto foram substituídos em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
Parte das trocas colocou aliados do MST nos postos-chave. Na última segunda-feira, o movimento havia cobrado o governo Lula que nomeasse “pessoas comprometidas com a reforma agrária nas superintendências regionais do Incra”, substituindo pessoas que haviam ocupado os cargos de chefia no governo Jair Bolsonaro (PL).
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