ChatGPT: ‘Destruição de empregos é rápida e visível, já criação é lenta e invisível’, diz Pastore, por Anna Carolina Papp/O Estado de São Paulo
Novo paradigma da tecnologia, o ChatGPT, inteligência artificial lançada novembro do ano passado, vem levantando preocupações acerca de seu impacto sobre o mercado de trabalho. O economista José Pastore, professor da FEA-USP e presidente do Conselho de Emprego e Relações de Trabalho da FecomercioSP, classifica essa questão como a “pergunta de um trilhão de dólares”, mas avalia que o saldo da ferramenta será positivo para a geração de empregos no longo prazo — embora não sem antes causar um baque inicial de destruição de postos de trabalho.
“As tecnologias, quando destroem, elas também criam novos empregos. Agora, a destruição é rápida e visível; a criação é lenta e é invisível”, afirmou em entrevista ao Estadão. “A criação gera benefícios sociais de médio e longo prazo, o que as pessoas já não aceitam com tanta facilidade, porque gostam de coisas mais rápidas”, avalia.
Ele avalia que o Brasil tem um longo caminho para avançar na digitalização do mercado de trabalho, uma vez que, no País, o desemprego convive com a falta de mão de obra qualificada. O economista defende a capacitação como saída, inclusive com o incentivo de políticas públicas.
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