Por que novo governo Lula deixa tantos investidores receosos, por Alexander Busch/Deutsche Welle

 

 

Na semana passada, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, tomou várias decisões na economia que deixaram os investidores de cabelo em pé.

O governo federal insiste, por exemplo, na proposta de emenda constitucional (PEC) que permite gastos extras de cerca de R$ 200 bilhões acima do limite legal, a chamada PEC da Transição. Isso equivale a uma despesa extra de mais de 2% do Produto Interno Bruto (PIB).

O motivo é que o governo quer elevar o Auxílio Brasil para R$ 600, além de financiar outros programas sociais que, de outra maneira, estariam ameaçados.

Para isso, porém, bastariam cerca de R$ 100 bilhões. Torna-se evidente que o governo, ao tentar obter o dobro desse valor, pretende conseguir luz verde para elevar fortemente os gastos públicos.

E a dívida brasileira já é, hoje, bem maior do que a de outras economias emergentes, o que torna ainda mais problemático o fato de estar plenamente em aberto como essas despesas extras serão financiadas. O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera que uma arrecadação maior possa financiar despesas maiores.

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