AQUECIMENTO GLOBAL É “FRIO”
Ricardo Augusto Felício , professor de Climatologia da USP, numa recente entrevista para a jornalista Leda Nagle, desmontou a tese de que as queimadas na Amazônia são responsáveis pelo aquecimento global com uma argumentação de especialista em clima, mas numa linguagem simples, objetiva e que deveria ser ampliada nas escolas de todo o Brasil. Na última terça feira, o presidente Jair Bolsonaro falando na ONU também tratou do mesmo tema, reafirmando o que os brasileiros sabem sobre as queimadas. Estas, pelo clima seco e ventoso neste período do ano, são espontâneas e/ou criminosas. Moradores dessas áreas com queimadas – índios e populações locais – também queimam a mata, como parte de sua respectiva cultura e forma de sobrevivência. “Os ataques sensacionalistas que sofremos – disse o presidente – por parte da mídia internacional devido aos focos de incêndio na Amazônia despertaram nosso sentimento patriótico”. É sobre essa manipulação internacional com os olhos voltados para a Amazônia e todas as tolices publicadas que retirei algumas observações do professor Felício que passo para os nossos leitores.
“A atribuição humana de manipular o clima da terra é absolutamente absurda. Estamos falando de forças de magnitude gigantesca enquanto que a ação humana é uma coisinha minúscula. Nós não controlamos o fluxo de massa e energia do planeta. O interesse (no aquecimento) nisso é geopolítico. Você usa do cientificismo para legitimar uma agenda geopolítica internacional, que no caso é o controle das fontes de energia. Sem energia não há desenvolvimento e os bons moços da humanidade, como Alemanha e França, principalmente a Alemanha da dona Merkel fazendo todo aquele discurso, mas não diz para o mundo que ela tem lá na sua terra 14 termelétricas gigantescas que geram uma energia igual a de Itaipu queimando carvão, inclusive o carvão linhito que é tóxico e lança enxofre na atmosfera. Eles (os países que denunciam o aquecimento global) pagam bons moços como defensores da humanidade quando, na verdade, são os interesses geopolíticos e econômicos nessa trama internacional. Sobre o desmatamento, eu fiz uma colocação. O INPE gosta de fazer notícias sensacionalistas comparando áreas de desmatamento com duas regiões de Belo Horizonte e São Paulo, mas ele não faz a comparação escalar de quanto é o tamanho da Amazônia. Quando você mostra isso, se vê que é uma coisa ridiculamente pequena de desmatamento, frente ao universo que é a Amazônia. Que por sua vez, em relação ao planeta, é um nada, é 1% da superfície da Terra. Então, nem sequer o desmatamento está interferindo na floresta e muito menos a floresta interfere no clima do planeta.” E para ficar bem claro e bem explícito, a Amazônia não é o pulmão do mundo e muito menos o patrimônio da humanidade. Acreditar nessa bobagem é mesmo que dizer que a Sibéria ou a Cordilheira dos Andes são patrimônios da humanidade. A Amazônia, a Sibéria e a Cordilheira são patrimônios territoriais de seus respectivos países. E estamos conversados. Abaixo, outras manifestações do professor Ricardo Augusto Felício.
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