SENADO CARO E INEFICIENTE

O senador Lasier Martins (PODE/RS) quer diminuir a gastança da Casa onde atua como representante do nosso estado e para isso apresentou um projeto de lei propondo um corte de R$ 500 milhões/ano, “pois o Senado gasta demais, com previsão de R$ 4,5 bilhões para 2019”.

Ele sabe que não será fácil mexer nesses privilégios inimagináveis em qualquer democracia que adota o sistema bicameral, mas, ao menos, ficará de consciência tranquila quando lhe for cobrado por seus eleitores alguma medida para acabar com farra do dinheiro público no Senado Federal.

Cada senador tem direito a 50 assessores, além da estrutura técnica permanente que o Senado oferece aos 81 membros que formam o plenário da Casa. Essa pequena corte de servidores não tem comparação em nenhuma nação do planeta e não existe exemplo de num determinado momento todos os funcionários do Senado estarem presentes para o trabalho.

Caso isso acontecesse, estariam no prédio do Senado, mais de 9 mil empregados, entre efetivos, comissionados e terceirizados e faltaria espaço físico para tanta gente se acomodar em escrivaninhas e gabinetes. Examinado sem paixões, o projeto do senador Lasier Martins é indispensável para a contenção de gastos absurdos com pessoal apadrinhado por senadores. Mais: é até bondoso com seus colegas, já que diminui de 50 para 40 assessores por senador.

Diz um trecho da sua proposta:  “Nos últimos quatro anos R$ 1,25 bilhão foi devolvido aos cofres da União como sobras de orçamentos superestimados. Está na hora de olharmos mais para o Brasil e menos para Brasília, racionalizando gastos que contrastam com agruras sofridas pela maioria do povo, como o desemprego e a piora nos serviços públicos”.

Como membro da Mesa do Senado, Lasier encontrou contratações inúteis de servidores, gratificações não razoáveis, chefes sem chefiados, equipes permanentes para tarefas temporárias e planos de saúde sem limites para ex-senadores e suas famílias.

O projeto do senador gaúcho vem ao encontro do que dizia Jair Bolsonaro na sua campanha eleitoral: “Precisamos de mais Brasil e menos Brasília”.