PEQUENA CARTILHA DE CIVISMO

Seria lamentável se não fosse triste a realidade brasileira – principalmente entre os jovens – a respeito de nossos símbolos nacionais. Em qualquer sociedade civilizada tais símbolos fazem parte da cultura básica de seus cidadãos, mas no Brasil eles foram substituídos pelo hino do clube, o samba-enredo da escola e o funk lixo do momento. (Ah… se o nosso hino fosse cantado com o mesmo entusiasmo que uma torcida entoa o hino de seu clube…)

O Brasil tem quatro símbolos nacionais, instituídos pela lei federal 5.700 de 1º de setembro de 1971 e tem uma data para comemorá-los: 18 de setembro, Dia dos Símbolos Nacionais. São eles: a Bandeira do Brasil, o Hino Nacional, o Brasão Nacional ou as Armas Nacionais e o Selo Nacional. A Bandeira e o Hino são os símbolos mais conhecidos, mas o Brazão Nacional e o Selo Nacional fazem parte do nosso cotidiano como os dois primeiros.

O Brazão Nacional (ou Armas Nacionais) foi criado na mesma data da nossa bandeira e seu uso é obrigatório nos edifícios dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) dos governos federal, estaduais e municipais, e também nos quartéis militares e policiais e em todos os papéis oficiais de nível federal (publicações, convites entre outros).

O Selo Nacional é utilizado para autenticar documentos oficiais e atos do governo. É usado também para autenticar diplomas e certificados emitidos por unidades de ensino reconhecidas. É constituído por uma esfera com as estrelas (semelhante a da bandeira brasileira), apresentando a inscrição República Federativa do Brasil.

Dos quatros símbolos, a nossa bandeira é a mais popular e a mais identificada com os brasileiros desde que se tornou um adereço disponível para peças de vestuário e para manifestações de civismo, enquanto o nosso hino com belíssima melodia encontra dificuldades de entendimento pela letra rebuscada e gongórica, mas de profundo significado patriótico.

Há um glossário que explica as “palavras difíceis” de nosso hino. Ei-lo:

Margens plácidas – “Plácida” significa serena. Calma.

Ipiranga – É o riacho junto ao qual D. Pedro I teria proclamado a independência.

Brado retumbante – Grito forte que provoca eco.

Penhor – Usado de maneira metafórica(figurada). “penhor desta igualdade” é a garantia, a segurança de que haverá liberdade.

Imagem do Cruzeiro resplandece – O “Cruzeiro” é a constelação do Cruzeiro do Sul que resplandece (brilha) no céu.

Impávido colosso – “Colosso” é o nome de uma estátua de enormes dimensões. Estar “impávido” é estar tranquilo, calmo.

Mãe gentil – A “mãe gentil” é a pátria. Um país que ama e defende seus “filhos” (os brasileiros) como qualquer mãe.

Fulguras – fulgurante (reluzente, brilhante).

Florão – “Florão” é um ornato em forma de flor usado nas abóbadas de construções grandiosas. O Brasil seria o ponto mais importante e vistoso da América.

Garrida – Enfeitada. Que chama a atenção pela beleza.

Lábaro – Sinônimo de bandeira. “Lábaro” era um antigo estandarte usado pelos romanos.

Clava forte – Clava é um grande porrete, usado no combate corpo-a-corpo. No verso, significa mobilizar um exército, entrar em guerra.