MORO E WITZEL CONHECEM A BANDIDAGEM

Dois homens públicos que chegaram agora à vida política – Sérgio Moro, ministro da Justiça, e Wilson Witzel,novo governador do Rio de Janeiro – são oriundos da área criminal do Poder Judiciário e, por isso mesmo, conhecem a bandidagem e suas malandragens obtidas pelas facilidades da legislação brasileira.

Sem medo de qualquer erro de avaliação, Moro e Witzel apresentaram as medidas que o país deve adotar para enfrentar, mais do que apenas o crime organizado, uma guerra interna contra a criminalidade, cujos focos de violência tanto podem estar nos morros cariocas, nas ruas de Fortaleza ou nos presídios localizados em qualquer município brasileiro.

O governador Wilson Witzel tem a sua proposta que imediatamente foi aplaudida pelo lado decente do Rio de Janeiro e logo com repercussão em todo o país: quem estiver portando armas de uso restrito (fuzis, metralhadoras, lançadores de granadas) deve ser abatido por atiradores de elite, mesmo que apresentadores da Rede Globo confundam esse armamento pesado com guarda-chuvas ou furadeiras.

O ministro Sérgio Moro tem sugestões que formam um projeto de lei de abrangência nacional no sentido de acabar com as facilidades da atual legislação penal – uma delícia para o mundo da bandidagem – geradora do axioma tupiniquim “o crime compensa no Brasil”.

As duas medidas são tão bem-vindas que sua avaliação pode ser feita pelo contrário: a chiadeira dos criminosos e de seus simpatizantes. Witzel tem a fórmula que sempre esteve na boca do povo decente.

“Por que esses bandidos armados e desfilando impunemente em seus territórios controlados não são abatidos pela polícia? Se eles podem ficar no alto dos morros entrincheirados esperando por suas vítimas, geralmente policiais, por que não a resposta armada e letal das autoridades?”

Gente honesta e trabalhadora não ostenta armas de guerra. Witzel mostrou o remédio contra a doença e já tem quem faça a cobrança para sua aplicação imediata.

Já o ministro Sérgio Moro vai atacar a raiz daninha que fez brotar a genealogia do mal, pedindo ao Congresso Nacional que aprove a sua proposta de enfrentamento da criminalidade, a começar pela introdução em nossa legislação penal da “plea bargain”, ou “solução negociada”.

A expressão foi pronunciada no original por Sérgio Moro por que vem dos Códigos Penais da Inglaterra e dos Estados Unidos e é diferente da delação premiada. Moro também quer a redução ou isenção de penas para policiais que matam bandidos no cumprimento do dever e/ou em legítima defesa.

Assim que foram divulgadas as sugestões de Moro e Witzel, os conhecidos movimentos e organizações corporativas que não convidam bandidos para jardineiros ou hóspedes em suas casas na praia, buscaram os espaços na mídia amiga para o seu protesto.

Esse pessoal quer polícia sueca enfrentando piratas somalis. Neste país com 60 mil assassinatos violentos por ano, um alto percentual deste genocídio se deve às leis atuais e somente homens como Moro e Witzel podem apresentar soluções para diminui-lo com a rapidez que a sociedade decente exige.