MERCOSUL, UMA FICÇÃO HILÁRIA

O Mercosul ( Mercado Comum do Sul), fundado em março de 1991 pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai é apenas uma piada quando se trata de vê-lo funcionando como a antiga Comunidade Econômica Europeia (CEE), hoje apenas União Europeia (UE).

A ideia central do Mercosul tinha como objetivo” a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países, através, entre outros, da eliminação dos direitos alfandegários restrições não tarifárias à circulação de mercado de qualquer outra medida de efeito equivalente”, conforme o Tratado de Assunção, documento de fundação da entidade.

Até os lagartos do Gran Chaco Paraguaio sabem que 27 anos depois de fundado o Mercosul continua sendo uma ficção hilária, pois o que funciona é exatamente o oposto do objetivo. Nunca tantas barreiras alfandegárias entravam “a livre circulação de bens” entre os países que formam o bloco, ou será que ninguém viu, por exemplo, o Porto Seco de Uruguaiana congestionado de caminhões que ficam paralisados pela burocracia binacional de Brasil e Argentina?

E o turismo automobilístico que se defronta com a Carta Verde e com as exigências rodoviárias absurdas da Argentina – fonte de corrupção inequívoca em muitas “rutas” do vizinho país? As únicas mercadorias que circulam livremente pelas fronteiras dos países integrantes do Mercosul, sem taxas alfandegárias (que seriam abolidas) são armas e drogas. Aí funciona com perfeição o trânsito clandestino e criminoso comandado de dentro das cadeias paraguaias, brasileiras, argentinas, bolivianas e venezuelanas.

Estamos falando do “Narcosul” que não precisou de tratados e acordos bilaterais para mostrar a incompetência dos países que deveriam vigiar suas respectivas fronteiras. E se o crime organizado dá lições de eficiência maligna, o livre comércio entre as nações do Mercosul continua emperrado e muito distante do modelo europeu que proporciona lições de mercado comum entre nações civilizadas.

O assunto Mercosul voltou a ser destaque quando o presidente argentino Maurício Macri disse que vai conversar com Jair Bolsonaro e o futuro presidente do Brasil respondeu que quer negociar acordos com a União Europeia, como se tal possibilidade já não fosse bastante discutida e sem qualquer resultado. Quem sabe os dois governos livram-se do Mercosul e tratam de negociar cada um por si com a UE?

Como Chile e o Peru que querem distância dessa piada cucaracha, ainda contaminada pelo bolivarianismo.