COMO O EMPRESARIADO ALEMÃO VÊ BOLSONARO, por Alexander Busch, Deutsche Welle

Executivos alemães no Brasil não parecem preocupados com um eventual presidente de extrema direita: importante é ele introduzir as reformas necessárias, dizem. Caso contrário, o agravamento da crise será inevitável.

Com grande probabilidade, o candidato nacionalista de direita Jair Bolsonaro será o próximo presidente do Brasil. Nas pesquisas de intenção de voto, ele aparece com grande vantagem à frente do petista Fernando Haddad. E a economia alemã e suas empresas no Brasil, que representam cerca de 10% do PIB industrial nacional, não parecem ter nada contra isso.

Conversas com meia dúzia de representantes da economia alemã em São Paulo nos últimos três dias permitem tirar um consenso: os empresários esperam que depois do 28 de outubro os tempos de instabilidade cheguem ao fim. Se 60% dos brasileiros se decidirem por um candidato, dizem, é preciso respeitar essa decisão.

Para a maioria dos eleitores, ponderam, o ex-militar parece mais convincente do que seu adversário em temas como o combate à corrupção, a segurança e, acima de tudo, a economia.

Os CEOs alemães não veem na crescente popularidade de Bolsonaro um indício de uma guinada política para a direita, mas, acima de tudo, um sinal de protesto: os brasileiros querem mudança na segurança, novas cabeças na política e um fim da corrupção. E um candidato como Bolsonaro, avaliam, também faz parte da democracia, é preciso lhe dar uma chance.

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